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Trinta e cinco famílias da zona rural de Serra Talhada passaram neste final de semana por uma importante capacitação do Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC), sobre a gestão correta dos recursos hídricos no Semiárido.
A capacitação em Gestão de Recursos Hídricos (GRH) faz parte dos requisitos obrigatórios do P1MC, programa da Articulação Semiárido – ASA, que está sendo implementado pelo Centro de Educação Comunitária Rural (Cecor) nos municípios de Serra Talhada, Flores, Mirandiba e São José do Belmonte.
O momento de formação aconteceu na capela da comunidade Riacho do Bode, com a presença de famílias da localidade, do Assentamento Virgulino Ferreira, Lagartixa, Arara, Malhada Grande, Jatobá, Escadinha, Carnaubinha, São Miguel e Matinha.
As famílias estão sendo capacitadas para receber as cisternas da primeira água, destinadas para beber e cozinhar. Na ocasião foram discutidos os cuidados com a qualidade da água, uso racional da água para beber e cozinhar, cuidados com as cisternas e as principais doenças provocadas pela água contaminada, entre outros temas.
A chegada das novas cisternas vai melhorar muito a vida das famílias rurais, a exemplo da família da agricultora Luana Maria Fabrício, 23 anos, moradora da comunidade Malhada Grande. Casada e mãe de dois filhos pequenos, Luana e o esposo José Leandro Batista, de 25 anos, precisam se deslocar por 17 quilômetros para conseguir água para o consumo doméstico.
“É uma escassez muito grande, muito difícil porque a gente tem que enfrentar dezessete quilômetros, pagando para ir buscar essa água na pista, e a água não dá nem para quinze dias, e a gente tem que pagar par voltar novamente para alguma pessoa trazer novamente. E se não for essa água a gente não tem o que beber não, porque antes passava o carro de Roças Velhas, agora não passa mais, e quando passa é cinquenta reais por balde que a gente tem que pagar”, contou a agricultora, ansiosa pela chegada da cisterna de placas de 16 mil litros que será implementada pelo Cecor.
A mesma situação é vivenciada pela família do agricultor Henrique Luís Franco de Souza, 34 anos, que mora com a esposa Aline de Souza Lira, de 27 anos, e com as duas filhas pequenas no Riacho do Bode. Sem água potável em casa para beber e cozinhar, a família enfrenta uma rotina exaustiva para buscar água a cinco quilômetros de casa.
“A situação aqui é séria, porque eu tenho que andar cinco quilômetros quase todos os dias para ir pegar água na casa de minha sogra. Eu abasteço, ai passa um dia, e no outro dia já tem que ir buscar de novo, porque quem tem criança em casa precisa de ter água. Quando essa cisterna tiver pronta vai ajudar demais, porque a necessidade por água aqui é grande. E sem falar que essa rotina atrasa muito o dia, porque a pessoa tem os trabalhos da roça pra fazer, então a correria é grande todo dia”, relatou o agricultor.
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