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21/07/2015

O Massacre de Angico – A Morte de Lampião estreia dia 22 de julho em Serra Talhada






Há 77 anos, o terrível encontro entre militares do Governo Getulista e cangaceiros liderados por Lampião e sua esposa, Maria Bonita, estes pegos de surpresa e quase sem nenhuma reação na madrugada do dia 28 de julho de 1938, na grota de Angico, em Sergipe, praticamente pôs fim à chamada Era do Cangaço. Em meio àquelas árvores retorcidas da caatinga e resultando num verdadeiro banho de sangue no sertão nordestino, 11 integrantes do afamado bando, incluindo o casal líder, foram mortos e tiveram suas cabeças decepadas. Esta tragédia verdadeira é o tema do grandioso espetáculo ao ar livre e gratuito “O Massacre de Angico – A Morte de Lampião”, concebido a partir do até então único texto dramatúrgico escrito pelo pesquisador do Cangaço, Anildomá Willans de Souza, natural de Serra Talhada, mesma cidade onde Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião, nasceu. Mas o “molho” que rege toda esta história é o perfil apresentado deste homem símbolo do Cangaço, visto por um outro viés, bem mais humano.

Numa realização da Fundação Cultural Cabras de Lampião, com patrocínio da Lei Rouanet, Empetur/Governo do Estado de Pernambuco e Prefeitura Municipal de Serra Talhada, além de diversas empresas locais, a montagem, que teve sua estreia em julho de 2012, com absoluto sucesso, volta a ser apresentada no município de Serra Talhada, de 22 a 26 de julho, sempre às 20h, na Estação do Forró (antiga Estação Ferroviária), sob o lema “O Maior Espetáculo ao Ar Livre do Sertão Nordestino”. Com entrada franca, a expectativa é reunir mais de cinquenta mil pessoas nos cinco dias da temporada. À frente da encenação, que conta com 40 atores e 60 figurantes, além de 40 profissionais na equipe técnica e administrativa, está um mestre de grandiosas produções teatrais ao ar livre no Estado, o diretor, ator, dramaturgo e iluminador José Pimentel.

Com larga experiência adquirida em montagens como Paixão de Cristo da Nova Jerusalém, Paixão de Cristo do Recife, O Calvário de Frei Caneca, Jesus e o Natal e Batalha dos Guararapes – Assim Nasceu a Pátria e Revolução de 1817, para citar algumas de suas realizações, José Pimentel diz que, ao ser convidado à direção pelo casal Anildomá Willans e Cleonice Maria, que conheceu quando foi convidado a ser jurado em um festival de teatro serratalhadense anos atrás, aceitou o desafio por ter estreita ligação com o tema do Cangaço. “Lampião me faz recordar meu pai, Virgínio Albino Pimentel, que costumava me contar a história de que o encontrou duas vezes, antes mesmo de eu nascer. Meu pai comprava porcos nos sítios para vender nos matadouros e, numa dessas viagens, deparou-se com o bando de Lampião. Mas eles fizeram amizade e até um banquete foi promovido. Tinha uma foto lá em casa com meu pai vestido de cangaceiro e usando os dois punhais que ele ganhou de presente! Por isso, desde pequeno, eu ouvia falar bem de Lampião, que para mim sempre foi um herói. Até por não ter matado meu pai”, brinca.

Fonte: ASCOM CECOR


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