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A lei também diz que ninguém é obrigado a ser sindicalizado, mas, todo ano, cada empregado formal contratado sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) tem descontado o equivalente ao valor de um dia de trabalho. O dinheiro vai para os sindicatos, já que eles acabam atuando na categoria inteira – mesmo para quem não é associado –, em situações individuais, como acertos burocráticos das demissões, e nas coletivas, como reajuste salarial.
Porém, para o advogado trabalhista Marcos Alencar, os trabalhadores precisam conhecer melhor seus sindicatos, para utilizarem os serviços em mais situações individuais, como reclamar de determinada atitude da sua empresa. “Em geral o trabalhador usa muito pouco seu sindicato. Se você pergunta qual é o presidente, a maioria não sabe, embora, querendo ou não, acabe pagando por isso”, comenta.
Presidente do Sindicato dos Bancários, Jaqueline Mello lembra que a função maior da entidade é representar o trabalhador. “Mas também temos diversos serviços para o nosso associado.” Ela relata que entre os mais usados estão a assistência jurídica, que funciona com preços abaixo do mercado ou gratuitamente para diversos tipos de ações; e a Secretaria de Saúde, que orienta os sindicalizados em casos de doenças ocupacionais. “Muitas vezes a pessoa é demitida sem o reconhecimento de ela adquiriu uma doença devido à sua atividade dentro da empresa e nós conseguimos provar essa relação”, explica. Outros benefícios, esses menos utilizados, são os descontos de 5% a 20% em diversos produtos e serviços, como farmácias, faculdades, cursos de idiomas e hotéis.
A sindicalização também funciona para profissionais que nem sempre estão formalmente empregados e atuam muitas vezes de modo autônomo. O Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), está implantando uma assessoria contábil para incrementar o mix de serviços ofertado aos associados, que já conta com assistência jurídica em diversas áreas, como ética, civil, trabalhista e criminal. O presidente do Simepe, Mario Jorge Lôbo, destaca que a organização em grupo também facilita o convênio com serviços de maior porte, como um plano de previdência com o fundo de pensão Mongeral Petros. “Além disso, temos no nosso calendário diversas festas que são referência no nosso meio, onde o profissional pode não apenas se divertir, mas também faz networking”, aponta Lôbo.
ADESÃO - Tanto nos Bancários como no Simepe, há cerca de 8,5 mil associados, congregando a maioria das categorias. Nos Bancários, o pagamento mensal é de 1,5% do salário base, enquanto no dos médicos é fixado em R$ 69 mensais. “Os jovens e os funcionários públicos estão entre os que menos se associam”, comenta Jaqueline Mello. “Muitos só entram no sindicato quando entendem a importância dos serviços na hora mais urgente: quando precisam.”
Seja qual for o sindicato, antes de se associar, o trabalhador deve checar se a entidade está regular. Para isso, pode pedir o CNPJ do sindicato e acessar o site do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), responsável pelo cadastro e a fiscalização desse tipo de instituição. Na seção Relações de Trabalho, o número pode ser verificado no Cadastro Nacional de Entidades Sindicais. É também ao MTE que o associado pode fazer denúncias quando seu sindicato tiver alguma atividade suspeita ou ilegal.
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