Este website utiliza cookies
Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência, otimizar as funcionalidades do site e obter estatísticas de visita. Saiba mais
“Não há muito nível de consciência, nem sequer nos países mais ricos. Há consciência para produzir mais alimentos mas não para melhorar a tendência de perdas de alimentos, sobretudo em conscientização e educação”, diz José Cuesta, especialista em pobreza no Banco Mundial.
Na América Latina, o desperdício se produz por igual nas etapas de produção e consumo: cada uma dessas fases representa 28% do total de perdas, segundo cálculos da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura). Quanto à produção, o desperdício se deve principalmente à colheita ineficiente ou prematura, e às condições excessivas de chuva ou de seca, algo que acontece frequentemente no Brasil e Argentina, por exemplo.
O resto das perdas de alimentos na região é dividido pelas fases de armazenamento (22% do total), de distribuição e mercado (16%) e de processamento (6%). “O desperdício de alimentos supõe terríveis perdas no investimento em agricultura e nos insumos de energia necessários para produzir comida”, explica Cuesta. “Trata-se de rendimentos que o agricultor latino-americano deixará de receber por um produto que não poderá vender”.
E quanto mais comida as pessoas jogam fora, mais alimentos terão que comprar para suprir necessidades. Isso significa que as famílias utilizarão uma maior proporção de seus rendimentos em comida e menos em atividades como educação ou previdência. “Claramente as perdas alimentícias têm um impacto sobre a pobreza”, afirma Cuesta.
Ricos em proteína, insetos podem acabar com a fome
A FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) recomenda: coma insetos, contra o desperdício de alimentos e a fome no mundo. A instituição já lançou até um programa para incentivar a criação em larga escala de insetos, ricos em nutrientes, de baixo custo, ecológico e, por que não, saborosos.
Dois bilhões de pessoas em culturas tradicionais em regiões da África, Ásia e América Latina já os consomem, mas o potencial de é maior. Os trilhões de insetos, que se reproduzem sem parar na terra, no ar e na água, “apresentam maiores taxas de crescimento e conversão alimentar alta e um baixo impacto sobre o meio ambiente durante todo o seu ciclo de vida”, segundo a FAO. Cerca de 900 espécies são comestíveis. Ainda de acordo com a FAO, “até 2030, mais de 9 bilhões de pessoas vão precisar ser alimentadas”, num momento em que “a poluição do solo e da água devido à produção intensiva de animais de pastoreio levam a degradação das florestas”.
Fonte: O Dia
Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência, otimizar as funcionalidades do site e obter estatísticas de visita. Saiba mais