05/08/2021

A volta da FOME no Nordeste

A pobreza e a extrema pobreza continuam, ano após ano, numa crescente na sociedade brasileira. Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C), do IBGE, um quarto da população brasileira, 52,7 milhões de pessoas, vive em situação de pobreza ou extrema pobreza, de acordo com critérios do Banco Mundial.

 As características e a distribuição da população em situação de pobreza e extrema pobreza também chamam a atenção. Os pretos e pardos correspondem a 72,7% dos que estão em situação de pobreza ou extrema pobreza. A distribuição geográfica da pobreza e extrema pobreza também são bastante desigual no Brasil. 44% dos brasileiros abaixo da linha de pobreza em 2018 vivia na região Nordeste. Todos os estados do Nordeste apresentaram indicadores de pobreza acima da média nacional.

 A pobreza e a extrema pobreza têm efeitos terríveis para a dignidade das pessoas e, no caso de crianças e adolescentes, trazem consequências irreversíveis, comprometendo seu desenvolvimento, condenando-os a um estado eterno de vulnerabilidade. Crianças expostas a um ambiente de violência e privações: saúde, educação, moradia digna e etc. não conseguem se desenvolver e consequentemente se inserir no mercado de trabalho, o que dificulta que se tornem adultos independentes, perpetuando o ciclo de pobreza.