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03/12/2015

Mulheres do Assentamento Carnaúba do Ajudante aprendem novas técnicas de artesanato








Criar objetos com material reciclado é como ter duas aventuras ao mesmo tempo. Uma leva a cuidar do planeta diminuindo a poluição, e outros materiais, que podem ser reciclados, virar outra coisa. O Brasil, por ser muito extenso e ter sofrido a influência de diversos povos, possui uma produção artesanal bastante rica e diversificada, que varia de região para região.

No Nordeste, em particular, os artesãos estão cada vez mais reaproveitando materiais beneficiados como matéria-prima para um novo produtivo, dentre eles, o plástico, o metal, papel e o vidro. No Assentamento Carnaúba do Ajudante, município de Serra Talhada, em Pernambuco, agricultoras artesãs estão reutilizando palha da folha de coqueiro, sementes, retalhos, papelão e caixas de leite, para produzem peças artesanais como fonte de renda e oportunidade de atrair novos consumidores. 

Com intuito de ampliar novas técnicas e práticas que qualifiquem a produção no Assentamento, na última terça-feira (1), o grupo de mulheres participou da Oficina de artesanato promovido pelo projeto de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), monitorado pela técnica do Centro de Educação Comunitária Rural (Cecor), Andréa Oliveira. Na oportunidade, elas aprenderam a confeccionar flores, arranjos, lembrancinhas de aniversário e casamento, tendo como matéria prima, o emborrachado.

Para a artesã, Cícera Aparecida, a chegada dessas novas práticas na zona rural é muito importante para quem não tem disponibilidade de buscar na cidade. “O projeto nos traz conhecimentos, sem que a gente precise sair das nossas comunidades. Hoje, esses ensinamentos, nos levaram a construir novas peças, sem agredir o meio ambiente”, explicou Cícera.  

Uma das novidades do curso foi a utilização de uma das primeiras plantas cultivadas no mundo, não apenas para uso na alimentação, mas para ser utilizada como um recipiente de água, a cabaça. Atualmente, as artesãs estão explorando essa matéria prima no semiárido Brasileiro, por ser um material resistente e oriundo da natureza. No curso, as agricultoras fizeram bonecas e galinhas decorativas, utilizando a cabaça e o biscuit para o acabamento.

De acordo com a técnica, André Oliveira, o projeto é voltado para o fomento a práticas agroecológicas, contudo, a agroecologia não visa apenas a produção animal e vegetal, mas melhorar a comunidade em todos aspectos histórico-cultural, das famílias agricultoras do semiárido. “Uma das nossas metas é, também, fortalecer os grupos de mulheres. Na zona rural existem vários grupos de artesãs que precisam de incentivos que fortaleçam  melhores condições de vida ao homem e da mulher do campo”, concluiu Andréa. 

Fonte: ASCOM CECOR


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