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26/05/2015

Em Pernambuco, famílias agricultoras dão adeus ao uso de agrotóxicos








 Por Kátia Gonçalves – Comunicadora Popular do Cecor

“A assistência técnica é útil porque a gente vem de uma cultura de queimar as árvores para limpar a roça. Cortávamos muitos pés de plantas nativas porque a gente não sabia da importância deles para o meio ambiente. Aprendemos como conservar o solo, fazer adubo orgânico, cobertura morta nas plantas e a produzir alimentos agroecológicos. Por isso, aceito renovar o cadastro”, disse Maria Ioneda Ferreira Lima, do Assentamento Barra do Exu, localizado a 22 Km da capital do xaxado, Serra Talhada, em Pernambuco.

A resposta veio ao ser questionada pela técnica de campo, Andréa Oliveira, se a agricultora queria continuar recebendo a Assistência Técnica e Extensão Rural em Agroecologia (ATER).  Assim como Maria Ioneda, 159 famílias agricultoras dos municípios de Serra Talhada, Santa Cruz da Baixa Verde, Flores, Floresta e Mirandiba, até o dia 31 de junho, vão ter a oportunidade de decidirem se querem continuar no projeto ou não.  Caso aceitem, os/as técnicos/as do Centro de Educação Comunitária Rural (Cecor) irão preencher um novo formulário para saber quais mudanças tiveram nas áreas dos/as agricultores/as desde o início da 1ª etapa do projeto, que começou em abril de 2014.

Junto às famílias, os/as técnicos/as constroem o mapa falado, onde são visualizadas as entradas e saídas da produção agroecológica nas propriedades, assim como é identificada a participação do homem e da mulher nas atividades de campo.  A proposta é finalizar a atualização dos cadastros no dia 31 de junho e, a partir de julho, cadastrar 31 novas famílias que moram em um dos 5 municípios de atuação do Projeto.

A agricultora Natividade Célia da Silva Lima, mãe de três filhas, explicou como era a produção de alimentos antes de receber a Assistência. “A gente usava agrotóxico nas plantas e agora usamos defensivos naturais. Aprendemos a produzir produtos agroecológicos, inclusive, nos intercâmbios. Não sabia por que não podia usar o agrotóxico, agora eu não uso e sei por que não posso usar”, informou sorridente Natividade, que mora no Assentamento Barra do Exu.

Os contemplados com a 1ª fase aprenderam a fazer defensivo natural para combater pragas e doenças na produção, forragem para alimentação animal, visitas de intercâmbios para trocarem experiências com outros/as agricultores/as e receberam mudas de plantas nativas, forrageiras e frutíferas. “A ideia é que eles/as plantem para aumentar a diversidade do ecossistema sem uso de agrotóxico”, informou a técnica, Andréa Oliveira.

No 2º módulo, as famílias vão aprender a reutilizarem o lixo doméstico, as práticas de irrigação alternativas, e receberão os cursos de apicultura e artesanato.

O que é preciso para participar da 2ª etapa do projeto?

Declaração de Aptidão ao Pronaf, em validade (DAP);

Morar nas comunidades rurais pertencentes aos municípios de Serra Talhada, Flores, Floresta, Santa Cruz da Baixa Verde e Mirandib;

Ter interesse em trabalhar com agroecologia;

E avisar ao presidente da Associação de Moradores que quer receber a ATER.

 

Fonte: ASCOM CECOR


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