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03/09/2014

Fortalecimento é a palavra que define o Encontro Estadual de Mulheres Agricultoras Experimentadoras










 Por Kátia Gonçalves


Unidas pelo desejo de superação, cada agricultora do Semiárido se despediu do Encontro Estadual de Agricultoras Experimentadoras: Celebrando Conquistas na Trajetória da ASA com um compromisso de superar as barreiras impostas pelo machismo, preconceito, violência contra a mulher, ausência de politicas públicas voltadas a favor da mulher do campo e estrutura digna de convivência no Semiárido. 

 No segundo dia de evento, as agricultoras, atentas, escutaram a história de Vanete Almeida (in memoria), narrada por uma das coordenadoras do Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais do Sertão Central (MMTR-SC), Lucenir Silva. “Dona Vanete foi líder feminista e referência histórica da luta das trabalhadoras rurais na América Latina e do Caribe. Seu trabalho com mulheres rurais teve início na década de 1980, quando saía de casa de madrugada e percorria 30 quilômetros de carona em caminhões com um único objetivo: conscientizar mulheres de seus direitos, quebrando séculos de repressão. Inspirou o livro Ser Mulher num Mundo de Homens, de Cornélia Parisius”, enfatizou Lucenir.

 

Lucenir lembra ainda que Vanete faleceu em 2012, vítima de câncer, deixando uma história de vida dedicada às causas sociais. Em 2009 foi agraciada com o prêmio TRIP Transformador Social. No período de enfermidade, Vanete resolveu escrever o livro Lutando e Lutando, que será lançado dia 5 de setembro, às 18h, no SOS Corpo, bairro Madalena, no Recife. As 64 páginas evidenciam mensagens importantes sobre saúde, vida, limites e, acima de tudo, busca desmistificar a doença para as trabalhadoras rurais e para quem mais desejar fazer uma boa leitura. Depois houve a exibição da entrevista de Dona Vanete no filme EU MAIOR.

 

No segundo momento, as agricultoras formaram grupos para responder qual o papel das agricultoras experimentadoras na produção e gestão do conhecimento. A partir do que elas têm no estado e o que vão levar para o Encontro Nacional e, por último, os quatro grupos indicaram nomes de agricultoras e técnicas que vão representar o estado. 

 

Várias foram às respostas, mas dentre elas fortalecer a produção e a organização das mulheres; visibilizar o protagonismo das mulheres e a discussão de gênero; promover encontro contínuos que garantam a participação das mulheres de todos os polos; levar a importância da comunicação e organização para somarem na discussão de gênero, estratégia, questões ambientais e práticas de produção.

 

No final, o coordenador executivo da ASA/PE, Manoel dos Anjos, explicou como seria a programação e delegação do Encontro Nacional de Agricultoras Experimentadoras: Celebrando Conquistas na Trajetória da ASA, que vai acontecer nos dias 23 e 24 de setembro, em Campina Grande, na Paraíba. Por último, as agricultoras deram as mãos e cada uma explanou o significado da semente que ia levando para suas comunidades. 

 

Foram escolhidas as seguintes agricultoras para representar o estado de Pernambuco:

 

Representante indígena: Roseane Gomes, de Buíque

Representante Quilombola: Maria José de Souza, de Mirandiba

Jovens: Maria Aparecida Silva, de Santa Cruz da Baixa Verde e Dulcineia Justino da Silva, de Inajá

Agricultoras: Vânia Maria Rocha dos Santos, de Flores, Adriana Ferreira, de Frei Miguel e Josefa dos Santos, de Cumaru. 

Técnicas: Célia Sousa, da Casa da Mulher do Nordeste e  Kátia Gonçalves – Comunicadora Popular da ASA/PE. 

Fonte: ASCOM CECOR


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